segunda-feira, 25 de abril de 2011


Você, cativo
Cleide Canton Garcia


Sutil presa
em meus braços algemada,
sequer percebe
que de mansinho
te envolvi
nas garras da minha sedução.


Vesti-me toda
de ternura imensa
Adocei a voz,
agucei meus ouvidos
para o teu mais oculto desejo.


Mulher
quase que perfeita,
inteiramente eu,
ligeiramente tua,
intensamente nós...
Eu me dou,
tu te dás,
nós somos!


Ardiloso jogo
onde as cartas
são dadas por mim.
Percebo os blefes,
finjo que aceito.


E neste deleite,
hoje,
te tornaste cativo
e eu sou,
plenamente,
responsável por ti.

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